Início: 2013 | Fim: 2016
Descrição: Educadores e pesquisadores concordam que a perspectiva atual da inclusão dos alunos com deficiência exige o repensar da escola, de modo a proporcionar ensino de qualidade para todos os alunos, sem exceção. Para que isso ocorra, a formação de professores torna-se essencial nesse processo. No Rio de Janeiro, a Oficina Vivencial de Ajudas Técnicas para Ação Educativa, um serviço do Instituto Municipal Helena Antipoff (IHA), órgão da Secretaria Municipal de Educação tem direcionado seu trabalho na formação continuada de professores e na busca de estratégias e recursos de Tecnologia Assistiva que facilitem a participação desses educandos especiais nas atividades escolares cotidianas.
O projeto de pesquisa visa a implementação e a avaliação de um programa de formação continuada de professores da rede pública do ensino municipal para atuação nas Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) de Referência, as quais funcionarão como agentes multiplicadores das ações formativas da Oficinal Vivencial. Mais especificamente, esses professores serão ensinados a planejar, implementar e avaliar recursos e serviços da Tecnologia Assistiva nas áreas ligadas à escola como: comunicação alternativa e ampliada, acesso ao computador e atividades e materiais pedagógicos adaptados para atender alunos do ensino fundamental que apresentem severos comprometimentos em sua comunicação oral, como os alunos com paralisia cerebral, autismo e deficiência múltipla. Participarão do estudo vinte e dois professores de Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), selecionados pelas equipes ligadas às doze CREs (Coordenadoria Regional de Educação) do município, alunos sem fala articulada e/ou funcional acompanhados por esses professores das SRM, pesquisadoras da UERJ e a equipe de professores da Oficina Vivencial. O estudo será desenvolvido em quatro fases, a saber: na 1ª fase os professores das SRM de Referência preencherão questionários para coletar informações sobre o próprio perfil, seu conhecimento a respeito de deficiência, Tecnologia Assistiva (TA), e Comunicação Alternativa (CA) e suas atitudes quanto às possibilidades de comunicação dos alunos sem fala articulada assim como suas expectativas quanto à CA. Dados sobre o perfil dos alunos com deficiência atendidos e os recursos humano e material disponível para esse alunado no contexto escolar serão igualmente coletados.
Na 2ª fase, será oferecido o curso de formação continuada de 44 horas de duração, durante seis meses com uma abordagem problematizadora para os professores das SRM. Na 3ª fase, os professores que receberam o curso de formação serão os multiplicadores de conhecimento, ou seja, eles oferecerão curso de formação para seus colegas professores de SRM nas regiões de suas CREs. Finalmente, na 4ª fase, serão realizadas sessões de observação três meses após o término do curso referido na terceira fase em uma amostra das SRM de Referência. Os questionários aplicados com os professores na primeira fase serão reaplicados com acréscimo de questões referentes à percepção dos professores quanto ao uso efetivo da TA e CA, seus benefícios e entraves.
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Alunos envolvidos: Graduação: (2) / Especialização: (0) / Mestrado acadêmico: (1) / Mestrado profissional: (0) / Doutorado: (1).
Membros
Leila Regina d’Oliveira de Paula Nunes (Coordenadora)
Carolina Schirmer (Coordenadora)
Catia Crivelenti de F. Walter (Integrante)
Janaina Larrate (Integrantes)
Maristela Siqueira (Integrantes)
Vera Lucia Val (Integrantes)
Thatyana Machado Silva (Integrantes)
Juliane Lourenço (Integrantes)